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terça-feira, 25 de maio de 2010

Estação espacial internacional registra ciclone sobre o Atlântico !!!

Tripulante Soichi Noguchi não deu detalhes de localização da tempestade.
Ônibus espacial Atlantis pousa amanhã, após missão no complexo orbital.




Foto do engenheiro de voo Soichi Noguchi, tripulante da estação espacial internacional (ISS), mostra ciclone sobre o Oceano Atlântico. O ônibus espacial Atlantis, que até domingo cumpriu missão de manutenção da ISS, pousa quarta-feira (26) de manhã. (Foto: Soichi Noguchi / ISS - 25-05-2010)

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Biografia de César Lattes

Lattes nasceu em uma família de judeus italianos imigrantes em Curitiba, estado do Paraná no Sul do Brasil. Fez os seus primeiros estudos naquela cidade e em São Paulo, vindo a graduar-se na Universidade de São Paulo, formando-se em 1943, em Matemática e Física.

Lattes fazia parte de um grupo inicial de brilhantes jovens físicos brasileiros que foram trabalhar com professores europeus como Gleb Wataghin (1899-1986) e Giuseppe Occhialini (1907-1993). Lattes foi considerado o mais brilhante destes e foi descoberto, ainda muito jovem, como um pesquisador de campo. Seus colegas, que também se tornaram importantes cientistas brasileiros, foram Oscar Sala, Mário Schenberg, Roberto Salmeron, Marcelo Damy de Souza Santos e Jayme Tiomno. Com a idade de 23 anos, ele foi um dos fundadores do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas no Rio de JaneiroR J.

De 1947 a 1948, Lattes começou a sua principal linha de pesquisa, pelo estudo dos raios cósmicos, os quais foram descobertos em 1932 pelo físico estadunidense Carl David Anderson. Ele preparou um laboratório a 5.000 metros de altitude, nas montanhas dos Andes, na Bolívia, empregando chapas fotográficas para registrar os raios cósmicos.

Viajando para a Inglaterra com seu professor Occhialini, Lattes foi trabalhar no H. H. Wills Laboratory da Universidade de Bristol, dirigida por Cecil Frank Powell (1903-1969). Após melhorar uma nova emulsão nuclear usada por Powell, pedindo à Kodak Co. para adicionar mais boro a ela, em 1947, realizou com eles uma grande descoberta experimental, de uma nova partícula atômica, o méson pi (ou pion), a qual desintegra em um novo tipo de partícula, o méson mu (muon). Foi uma grande reviravolta na ciência. Até então, era aceito que os átomos eram formados por somente 3 tipos de sub-partículas ou partículas elementares (prótons, nêutrons e elétrons). Alguns cientistas contestaram os resultados, mas o apoio do dinamarquês Niels Bohr, um dos maiores físicos da época, pesou na aceitação da novidade que daria início a uma nova área de pesquisa, a Física de Partículas.

O jovem impetuoso Lattes começou então a escrever um trabalho para a revista Nature sem se preocupar com o consentimento de Powell. No mesmo ano, foi responsável pelo cálculo da massa da nova partícula, em um meticuloso trabalho. Um ano depois, trabalhando com Eugene Gardner (1913-1950) na Universidade da Califórnia em Berkeley, EUA, Lattes foi capaz de detectar a produção artificial de partículas píon no ciclotron do laboratório, pelo bombardeio de átomos de carbono com partículas. Ele tinha 24 anos de idade.

Em 1949, Lattes retornou como professor e pesquisador na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF). Depois de outra breve estada nos EUA (de 1955 a 1957), ele voltou para o Brasil e aceitou uma posição na sua alma mater, o Departamento de Física da Universidade de São Paulo (USP). Também nesse ano, Lattes ingressou para a Academia Brasileira de Ciências (ABC).

Em 1967, Lattes aceitou a posição de professor titular no novo Instituto "Gleb Wataghin" de Física na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), nome que se originou de seu professor fundador, o qual ele também ajudou a fundar. Ele também se tornou o diretor do Departamento de Raios Cósmicos, Altas energias e Léptons. Em 1969, ele e seu grupo descobriram a massa das co-denominadas bolas de fogo, um fenômeno espontâneo que ocorre durante colisões de altas-energias, e os quais tinham sido detectados pela utilização de chapas de emulsão fotográfica nucleares inventadas por ele, e colocadas no pico de Chacaltaya nos Andes Bolivianos.

Lattes aposentou-se em 1986, quando recebeu o título de doutor honoris causa e professor emérito pela Universidade de Campinas. Mesmo aposentado ele continuou a viver em uma casa no subúrbio próxima ao campus da universidade. Ele morreu de ataque cardíaco em Março de 2005.

Lattes é um dos mais distintos e condecorados físicos brasileiros, e seu trabalho foi fundamental no desenvolvimento da física atômica. Ele também foi um grande líder científico dos Físicos Brasileiros e foi uma das principais personalidades por trás da criação de várias instituições importantes como Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Ele figura como um dos poucos brasileiros na Biographical Encyclopedia of Science and Technology de Isaac Asimov, como também na Enciclopédia Britânica. Embora tenha sido o principal pesquisador e primeiro autor do histórico artigo da Nature descrevendo méson pi, Cecil Powell foi o único agraciado com o Prémio Nobel de Física em 1950 pelo "seu desenvolvimento de um método fotográfico de estudo dos processos nucleares e sua descoberta que levou ao descobrimento dos mésons". A razão para esta aparente negligência é que a política do Comitê do Nobel até 1960 era dar o prêmio para o líder do grupo de pesquisa, somente. O brasileiro, no entanto, nunca foi contemplado. No museu de Niels Bohr, em Copenhague, Dinamarca, há uma carta em que está escrito "Por que César Lattes não ganhou o Prêmio Nobel - abrir 50 anos depois da minha morte". Como Bohr morreu em 1962, somente em 2012 saberemos a resposta do enigma.

Evolução d Física

Os conhecimentos que temos hoje sobre o mundo físico resultaram de um longo processo histórico de experiências, descobertas, acertos e erros.

.: Na luta pela sobrevivência o homem foi aprendendo a conhecer a natureza e desvendar seus segredos.

Quando o homem pré-histórico usou uma pedra para abrir o crânio de um animal ou fez um arco para atirar uma flecha, ele estava incorporando conhecimentos de Mecânica.

Os primeiros povos civilizados, na Mesopotâmia e no Egito, aprenderam, entre outras coisas, a bombear água para as plantações, a transportar e levantar enormes blocos de pedra, a construir monumentos.

Mais tarde, com os gregos, nasceu a Filosofia. Herdeiros de um longo processo de desenvolvimento cultural ocorrido nas regiões próximas do Mediterrâneo, eles tentaram explicar o mundo através unicamente da razão. Os conhecimentos anteriores aos gregos foram obtidos na tentativa de resolver problemas práticos. Confundiam-se ainda com os mitos e a religião.

Os gregos deram um enorme salto ao formular racionalmente os princípios explicativos do movimento, da constituição da matéria, do peso do comportamento da água, etc.

Como na sociedade grega todo trabalho físico era realizado por escravos, os gregos não se preocupavam em resolver problemas práticos. Valorizavam muito as idéias e muito pouco a experimentação.

A decadência do Mundo Antigo e o advento da Idade Média representaram um enorme retrocesso para a ciência. Uma sociedade basicamente rural, dominada pela religião, e fazendo uso restrito da escrita e de livros, poucas possibilidades oferecia ao desenvolvimento científico.

O renascimento do comércio e da vida urbana, no final da Idade Média, criou um ambiente próprio para a renovação cultural que lançou as bases da ciência moderna. Foi nesse universo urbano em formação que viveu, no século XVI, o personagem símbolo dessa ciência: Galileu Galilei.

Galilei introduziu um procedimento fundamental para o cientista: a necessidade de testar, com experiências concretas, as formulações teóricas. Além disso, o genial italiano mostrou, com sua prática, que o cientista precisa criar situações favoráveis de observação, eliminando fatores que interfiram ou prejudiquem a análise do fenômeno a ser estudado.

Outro momento importante na constituição do conhecimento ligado à Física ocorreu no século XVII com Isaac Newton. Ele realizou a primeira grande síntese da história da Física através da formulação de leis gerais. Com isso, criou-se a possibilidade de investigações novas em diversos campos.

Newton criou, ainda, um sistema matemático para resolver problemas de Física que antes não tinham solução.

A partir dos fundamentos lançados por Newton ocorreram importantes inovações científicas e técnicas. Ao longo dos séculos XVIII e XIX, o progresso material derivado dessas inovações foi notável.

O final do século XIX foi uma fase de excessivo otimismo. Muitos estudiosos de Física achavam que já conheciam os princípios e as leis fundamentais do funcionamento do universo.

A Teoria da Relatividade, publicada por Einstein em 1905, provocou uma verdadeira revolução no campo científico. As mais arraigadas certezas, baseadas nas leis mecânicas de Newton, passaram a ser revistas.

De lá para cá, os avanços foram enormes. A obtenção de energia a partir da desintegração atômica, os satélites e as viagens espaciais são alguns dos resultados mais conhecidos do progresso recente da Física.

Citamos alguns nomes importantes ligados à evolução do conhecimento humano sobre o mundo físico. Centenas de outros poderiam ser acrescentados. O mais importante é entendermos que essa evolução não é resultado da ação individual de alguns homens notáveis e, sim, obra coletiva. São as condições históricas de uma determinada sociedade que favorecem ou não a ampliação do saber.

Ao estudar Física você provavelmente perceberá que uma das lições da ciência é que a aparência é muito enganadora.

Desconfie, pois, da obviedade.
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.: Bonjorno, Regina Azenha.../ [et. al.] - Física Completa. São Paulo : FTD, 2001. p.7

sexta-feira, 14 de maio de 2010